Inteligência Artificial: Educação em Tecnologias Emergentes.

Nos últimos anos, o mundo da tecnologia nos apresentou inúmeros novos conceitos. Inteligência artificial, Internet das Coisas, Blockchain, Computação Quântica… São muitas novas palavras e ideias se infiltrando em nossos conhecimentos sobre a internet. Para entender melhor esses assuntos, é preciso se esforçar um pouco e ir atrás da educação sobre eles. 

Então, separamos três conceitos que merecem ser devidamente estudados para ficarmos atualizados no mundo de hoje:

Inteligência Artificial: Internet Das Coisas

A Internet das Coisas, conhecida em inglês como Internet of Things ou IoT, se traduz como uma revolução tecnológica cuja função é conectar itens do dia a dia. Ou seja, eletrodomésticos, tênis, roupas, interfones, meios de transporte, louças – todos conectados à uma rede mundial de computadores. 

Kevin Ashton, um aluno do MIT, propôs o termo “A Internet das Coisas” em 1999. Desde 1991, quando a internet que conhecemos hoje começou a se tornar popular e acessível, o conceito de conectar objetos já está sendo discutido. Em um primeiro momento, a conexão pautada seria a D2D (Device para Device), um tipo de ligação que faz parte de um conceito mais expansivo de várias webs. 

A proposta é que, com a limitação do tempo e o cansaço da rotina, as pessoas se voltem à Internet e realizem conexões. Com isso, poderíamos acumular dados de movimentos feitos por nossos corpos com maior precisão que as informações de hoje. 

Internet Das Coisas: novas invenções

A Ford e a Intel estavam desenvolvendo um protótipo que pode exemplificar melhor o conceito desse termo. O Mobii é uma tecnologia que tem como intuito reiventar o interior os automóveis. Com isso, ao entrar em um carro com tecnologia, uma câmera reconheceria o motorista, captando informações sobre sua rotina, cotidiano, fornecendo coordenadas geográficas e até mesmo recomendando músicas.

Se, por exemplo, o sistema não conseguisse reconhecer o motorista em questão, ele tiraria uma foto e enviaria as informações para o celular do dono. O Mobii, portanto, é uma prévia do que seria a integração da sociedade com a Internet das Coisas. O produto funciona como um protótipo da Internet das Coisas, conectando acessórios online que performam de forma inteligente. 

Já falamos aqui sobre o futuro da inteligência artificial e como a integração da vida cotidiana com a tecnologia foi subestimada. Mas com a Internet das Coisas, conseguimos perceber que atualmente temos muitos objetos conectados, tais como óculos, elevadores, geladeiras e carros. 

Foi considerando todo esse movimento de coesão que as grandes empresas passaram a cogitar transformar essa usabilidade em uma revolução interina.

Inteligência Artificial: Blockchain

A Blockchain é uma tecnologia muito popular que funciona como um banco de dados compartilhado para registrar transações entre usuários. 

Esse é um assunto complexo e que gera muitas dúvidas para quem escuta falar pela primeira vez. 

A rede do Bitcoin – sendo o Bitcoin um novo formato de moeda virtual utilizado para pagamentos, trocas e serviços – armazena informações transferidas entre os usuários. Ela serve como o endereço digital de quem enviou e recebeu os valores, além da data e hora das transações. 

Portanto, o que diferencia uma blockchain (como a do Bitcoin) dos bancos de dados tradicionais é a descentralização e a ausência de controle por parte de bancos, governos, empresas, grupos ou qualquer tipo de autoridade. Os desenvolvedores criaram esse sistema de forma que os usuários fossem responsáveis pelas tomadas de decisões sobre a rede.

Blockchain: o que isso significa?

Com essa nova modalidade de tratar o capital, muitas outras questões começam a ser levantadas. Por exemplo, até hoje, a sociedade nunca presenciou um sistema que tratasse o dinheiro com tamanha autonomia. Com esse novo sistema, que não está sujeito a regulamentações por autoridades maiores, nossa forma de lidar com autoridades, regulamentações e, por fim, com o capital, sofreria mudanças enormes.

Existe uma cópia da blockchain em cada máquina dos usuários que participam desse sistema. Isso garante que todos tenham acesso à mesma informação quando acessam o sistema. Nenhuma alteração pode ser feita sem a aprovação da coletividade. Os dados veiculados também são imutáveis – o que implica que não é possível alterar as transferências realizadas.

A intenção do sistema é funcionar como uma engrenagem capaz de estabelecer relações de confiança perante o mundo online. Com uma confiança descentralizada, ele é capaz de traçar relações não só com pessoas confiáveis e conhecidas ao usuário, mas com qualquer um, uma vez que a tecnologia assume o papel de mantenedora da segurança.

Inteligência Artificial: Computação Quântica 

Dentre as novas nomenclaturas, talvez a mais assustadora seja a da computação quântica. 

A ciência responsável pelo estudo do desenvolvimento de algoritmos e softwares define a computação quântica, que se baseiam em informações processadas por sistemas quânticos – fótons, átomos ou partículas subatômicas. Os computadores clássicos, como nós os conhecemos, não operam dessa forma. Na computação quântica, os computadores quânticos atuam de acordo com as leis probabilísticas da física quântica. 

O assunto, quando apresentado dessa forma, pode parecer pouco atraente e extremamente complicado de entender. Mas, na verdade, é bastante interessante. Vamos simplificar:

Para compreender a computação quântica, precisamos entender que os computadores utilizados por nós hoje em dia – os computadores comuns – utilizam “bits”. Os Bits são a menor unidade de informação capaz de ser armazenada ou transmitida na comunicação de dados podendo assumir apenas dois valores: 0 ou 1. Esses bits funcionam como interruptores, podendo ficar ligados (representados pelo número 1) ou desligados (representados pelo número 0). 

Os “qubits” são utilizados na computação quântica, entretanto. Os qubits, ao contrário dos bits “interruptores”, podem existir em várias posições ao mesmo tempo, o que impulsiona a capacidade de performance dessas unidades de informação. É quase como se eles fossem “bits” mágicos e superpoderosos. 

Computação Quântica: como funciona

Essa habilidade dos qubits de poderem existir em várias posições ao mesmo tempo é o que permite que a computação quântica execute cálculos com muito mais agilidade do que os computadores comuns. Os qubits resolvem em poucos minutos um problema de matemática que um computador tradicional levaria, pelo menos, dez mil anos para solucionar.

Portanto, para concluir, a computação quântica é uma forma especial e veloz de realizar cálculos usando “qubits”, atuando como unidades quase mágicas que conseguem estar ligadas e desligadas ao mesmo tempo, possibilitando a resolução de problemas impossíveis em minutos. 

O diferencial da computação quântica é que ela abre margem para novas formas de desenvolvimento tecnológico. Diante disso, os computadores serão capazes de resolver tarefas infinitamente mais complexas em tempos ínfimos. 

Com os avanços tecnológicos dos últimos anos, tornou-se possível a implementação dos novos processadores quânticos funcionais. Desde então, houve um grande crescimento na produção de chips quânticos, impulsionado pelo interesse comercial de setores como criptomoedas, bancos, segurança, entre outros. Empresas como o Google e a IBM vêm produzindo computadores quânticos cada vez mais potentes. 

Conhecer esses novos critérios da tecnologia que surgem ao mesmo tempo que outras inovações – como a inteligência artificial, por exemplo – é uma ótima forma de exercitar o senso de educação que movimenta o termômetro do futuro da tecnologia. 

Apesar de complexos – por serem muito novos e estranhos ao nosso cotidiano -, são conceitos que se provam cada vez mais urgentes de terem sua compreensão aprofundada. Podemos e aplicar no mundo contemporâneo uma vez compreendidos, sempre pensando que eles são, literalmente, o futuro antes de serem simplesmente inovações e conceitos.

 

 

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Rodrigo Mourão
Rodrigo Mourãohttps://lp.rodrigomourao.com.br/
- CEO Holding RM Factory - COO Grupo AceleradorEspecialista em tecnologia e estrategista de negócios com 22 de experiência. CEO da Holding RM Factory e fundador do Na Prática Club. Já mentoreou mais de 420 empresários do mercado tradicional e digital. Implementou a arquitetura de negócios de grandes players do mercado. Atualmente é Diretor Executivo de operações do Grupo Acelerador Empresarial do empresário Marcus Marques e conduz um grupo de com dezenas de empresários de tecnologia que faturam entre R$ 800mil e R$ 12 milhões por ano.